quinta-feira, 28 de abril de 2011

Conteúdo para sala de aula


UNIDADE 2 – IDENTIDADE E MEMÓRIA
Contextualizando a unidade
No decorrer das leituras, discussões e atividades você perceberá que os estudos desta  unidade têm o objetivo de levá-lo a refletir sobre a importância do resgate da memória e como este fato é de suma importância para a identidade consistente de uma pessoa ou de um determinado povo. Para isso, é necessário que todo cidadão não deixe de rememorar, ir à busca das raízes, das origens e do âmago da própria história.
Durante os estudos você descobrirá como a memória tem um caráter primordial para o reconhecimento e/ou construção de uma nação ou de um grupo étnico, já que aporta elementos para essa consolidação.

Problematizando a unidade
Já foi dito acima que o resgate da memória é de suma importância para a identidade consistente de uma pessoa ou de um determinado povo. Para isso, é necessário que todo cidadão não deixe de rememorar, ir à busca das raízes, das origens, do âmago da própria história. Sendo assim, a memória tem um caráter primordial para a elevação de uma nação ou de um grupo étnico, pois traz elementos para sua construção.
Portanto, para que uma pessoa tenha a sua própria identidade construída é necessário que conheça a sua história e a suas origens.
E você, conhece a história dos seus antepassados, do passado da sua Nação? Sabe como tudo começou?






C:\Documents and Settings\pmcg\Meus documentos\Minhas imagens\livros.pngEXPLORANDO O CONTEÚDO
CONVITE À LEITURA
Texto 1
A MÃO DA LIMPEZA
Composição: Gilberto
O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Que mentira danada, ê
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o negro penava, ê
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão
De quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão
É a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão
Nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão
De imaculada nobreza
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
Eta branco sujão

http://letras.terra.com.br/gilberto-gil/574045/




Texto 2

MINHAS MEMÓRIAS
 
Um protótipo de versos mal escritos e redigidos.
Mas vem de um pensamento forte e suave.
Eu disfarço e rabisco algumas palavras.
 
Coordeno algumas estrofes contraditórias.
Minha história eu guardo na memória.
Em pequenos flashes de luz vibrante.
 
Realço o amor que tenho aqui dentro.
Extasiada contemplo meu universo perplexo.
Espero o silencio se formar e vejo a vida passar.
 
Juntos fragmentos refletidos em meu rosto.
Vejo claramente um reflexo! Alguém me sorri.
Sinto o calor e olho para um espelho imaginário.
 
Imagino um filme escrito por mim.
Contraceno com você um ato espetacular.
Danço! Represento! Realizo plena um capitulo.
 
Viro a página! Há seqüência nos meus beijos.
É provável que sinta desejos, pois estou em cena.
Escancaro meus segredos para o mundo ouvir.
 
Sou uma sonhadora que colhe flores.
Faço um laudo primitivo! Inspiro no barroco.
Ainda é cedo para soltar as amarras desse tempo.
 
Versos profusos e longos! Vento quente.
Lua branca arranca-me desse chão solido.
Exala seu perfume proibido! Eleva-me por ai.
 
Meu sonho esta estampado na história que vivo.
Sou a cor do pensamento pronunciado de repente.
Minha memória e o agora! Então sorrio com leveza.
 

Soraia. http://sitedepoesias.com/poesias/47914


Texto 3

HINO NACIONAL
Carlos Drummond  de Andrade

Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás as florestas,
com a água dos rios no meio,
o Brasil está dormindo, coitado.
Precisamos colonizar o Brasil.


O que faremos importando francesas
muito louras, de pele macia,
alemãs gordas, russas nostálgicas para
garçonetes dos restaurantes noturnos.
E virão sírias fidelíssimas.
Não convém desprezar as japonesas...


Precisamos educar o Brasil.
Compraremos professores e livros,
assimilaremos finas culturas,
abriremos dancings e subvencionaremos as elites.


Cada brasileiro terá sua casa
com fogão e aquecedor elétricos, piscina,
salão para conferências científicas.
E cuidaremos do Estado Técnico.


Precisamos louvar o Brasil.
Não é só um país sem igual.
Nossas revoluções são bem maiores
do que quaisquer outras; nossos erros também.
E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...
os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...


Precisamos adorar o Brasil!
Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,
por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão
de seus sofrimentos.


Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,
ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.
Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?

(In: Sentimento do Mundo. São Paulo: Record, 1999. Páginas 104-05).


Texto 4

Formação da cultura brasileira
·        O que é cultura?
·        Brasil: mistura de muitas cores
Cultura pode ser definida como o conjunto formado pela linguagem, crenças, hábitos, pensamento e arte de um povo. Outra definição de cultura se refere mais estritamente às artes de caráter mais erudito: literatura, pintura, escultura, arquitetura e artes decorativas.
(...)
O substrato básico da cultura brasileira formou-se durante os séculos de colonização, quando ocorre a fusão primordial entre as culturas dos indígenas, dos europeus, especialmente portugueses, e dos escravos trazidos da África subsahariana. A partir do século XIX, a imigração de europeus não-portugueses e povos de outras culturas, como árabes e asiáticos, adicionou novos traços ao panorama cultural brasileiro. Também foi grande a influência dos grandes centros culturais do planeta, como a França, a Inglaterra e, mais recentemente, dos Estados Unidos, países que exportam hábitos e produtos culturais para o resto do globo.








ROTEIRO DE ATIVIDADES


Imagem escrever
 

CONVITE À ESCRITA

1.     Agora que você leu um pouco sobre identidade e memória e já sabe como é importante o resgate da memória na construção da própria identidade, que tal escrever um texto narrativo contando um pouco da sua história e da sua família?

No poema Hino Nacional, Carlos Drummond de Andrade canta o hino do cidadão brasileiro, lançando dúvidas e questionamentos.

2.     Agora você vai escrever no seu caderno, relacionanado quais são esses questionamentos e dúvidas que Drummond aponta.

Segundo estudos do pesquisador Darcy Ribeiro, desde o século XVI, estereótipos como "exótico", "infiel" e "preguiçoso" eram atribuídos aos negros, mestiços e índios pelo colonizador europeu.

3.     A partir desses preconceitos, junte-se a um colega e escreva um texto de opinião abordando a questão da marginalização na sociedade brasileira.



 "Sem ser índio, nem europeu, nem negro, o mestiço cria sua própria identidade étnica - a brasileira" (Darcy Ribeiro).

4.                 A partir do comentário de Darcy Ribeiro, você deverá criar um poema e/ou uma crônica e depois organizar uma sessão de leituras na sala em que todos possam participar. Os trabalhos escritos poderão ser expostos no mural da escola ou na própria sala de aula.
TEXTOS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES


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CONVITE À LEITURA

CANTA BRASIL

Composição: Alcir Pires Vermelho / David Nasser

As selvas te deram nas noites teus ritmos bárbaros
E os negros trouxeram de longe reservas de pranto
Os brancos falavam de amor nas suas canções
E dessa mistura de vozes nasceu o teu canto
Brasil, minha voz enternecida
Já dourou os teus brasões
Na expressão mais comovida
Das mais ardentes canções
Também, na beleza deste céu
Onde o azul é mais azul
Na aquarela do Brasil
Eu cantei de norte a sul
Mas agora o teu cantar
Meu Brasil quero escutar
Nas preces da sertaneja
Nas ondas do rio-mar
Oh! Este rio turbilhão
Entre selvas e rojão
Continente a caminhar
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!!
Na beleza deste céu
Onde o azul é mais azul
Na aquarela do Brasil
Eu cantei de norte a sul
Mas agora o teu cantar
Meu Brasil quero escutar
Nas preces da sertaneja
Nas ondas do rio-mar
Oh! Este rio turbilhão
Entre selvas e rojão
Continente a caminhar
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!!
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!!
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!!
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!!
http://letras.terra.com.br/evelyn-castro/477872/



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CONVITE  À ESCRITA

1.     Que tal agora escrever um texto informativo, falando um pouco sobre a formação do povo brasileiro?  Você poderá utilizar as ideias contidas nos textos lidos, nos filmes, músicas e discussões que já fez sobre o tema.

"Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo. Essa massa de nativos viveu por séculos sem consciência de si... Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico-nacional, a de brasileiros..." Darcy Ribeiro, em O Povo Brasileiro


2.                 Bem, você já escreveu um texto informativo sobre a formação do povo brasileiro e já fez, inclusive, a revisão desse texto. Que tal, escrever agora um texto de opinião manifestando a sua posição quanto a essa mestiçagem, conforme nos fala o sociólogo Darcy Ribeiro?

E para que você se sinta mais seguro nessa etapa da escrita e  não deixe de observar nenhum aspecto relevante durante a revisão do texto, oriente-se pelo “roteiro”, abaixo, para a escrita do seu texto de opinião, assim poderá, também, se guiar para fazer a autocorreção,  observando os itens necessários durante o momento da escrita.